quarta-feira, 21 de julho de 2010


Eu sou um poema inacabado que ninguém nunca leu. Eu sou a paisagem daquele quadro que o pintor não terminou. Eu sou uma tarde quente de verão em que não choveu. Eu sou Aquele rio que secou antes de alcançar o mar. Eu sou aquele sonho bonito que ninguém realizou. Eu sou a escultura quase perfeita que caiu da mão e quebrou. Eu sou aquela paixão gostosa que por medo, alguém sufocou. Eu sou o amor que alguém esperava mas nunca chegou. Eu sou metade do que eu desejava ser... o dobro do que eu nunca esperei... (Clarice Lispector)

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